Veto a emendas pode ser derrubado se cortes recaírem mais sobre ministérios do Centrão, dizem líderes

Líderes do Centrão fizeram chegar ao Palácio do Planalto que a posição do grupo em relação ao veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre as emendas de comissão, em um total de R$ 5,6 bilhões, vai depender de onde serão cortados esses recursos.

Se ficarem concentrados em verbas que seriam executadas por ministérios liderados por partidos do grupo, como Turismo, Esporte, Portos e Aeroportos e Desenvolvimento Regional, não haverá compromisso com a manutenção do veto.

Os ministérios do Turismo e do Esporte foram os que mais tiveram o orçamento ampliado em termos percentuais, entre 2023 e 2024, principalmente com base na apresentação de emendas parlamentares. Turismo foi o que mais fez crescer suas verbas de um ano para outro: 749%.

O Orçamento da União, com o corte, vai prever cerca de R$ 47,5 bilhões em emendas parlamentares. São R$ 25 bilhões em emendas individuais, R$ 11 bilhões em emendas de bancada e, agora, mais R$ 11 bilhões em emendas de comissão.

No orçamento aprovado pelo Congresso, essas últimas totalizavam R$ 16,6 bilhões, mas o governo vetou a destinação de R$ 5,6 bilhões.

O Orçamento da União sancionado manteve a meta de déficit zero, com possibilidade de R$ 28 bilhões de déficit ou de superávit, a banda de 0,25% do PIB para cima ou para baixo da meta de déficit primário zero.

G1