A Polícia Federal, com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou, nesta terça-feira (10), a Operação Mãos Fechadas para apurar a atuação de uma suposta organização criminosa estabelecida em Ipubi, no Sertão.
A organização criminosamente seria especializada na prática de crimes contra a administração pública e de lavagem de dinheiro, integrada por agentes públicos, servidores, empresários e particulares.
De acordo com a PF, as investigações tiveram início em 2021, a partir do recebimento de informações de que empresas específicas, relacionadas a agentes públicos de Ipubi, estariam sendo beneficiadas indevidamente, e de forma habitual, com contratações para o fornecimento de alimentos, materiais de limpeza e de escritório à Prefeitura.
O trabalho investigativo abrange contratos públicos firmados entre os anos de 2017 e 2023, por meio dos quais foram repassados às empresas investigadas aproximadamente R$ 12 milhões.
Ao todo, 50 policiais federais e três auditores da Controladoria-Geral da União cumprem doze mandados de busca e apreensão e de quebra de sigilos bancário e fiscal, além de medidas cautelares determinadas pelo desembargador Cid Marconi, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região.
As suspeitas são de crimes de formação de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, fraude à licitação e lavagem de dinheiro.
Segundo a Polícia Federal, o nome da operação, Mãos Fechadas, é “uma alusão ao comportamento de “reter” os recursos para determinadas pessoas escolhidas e indicadas”. “A metáfora “mãos fechadas” remete à
ideia de retenção ou apropriação ilícita dos recursos”, explica a corporação em nota.